De forma debochada e sem pudores, Nelson Rodrigues levou às páginas dos seus romances, contos e peças teatrais, a hipocrisia da sociedade carioca dos anos 30, 40 e 50 fazendo uma crítica direta à uma organização social preocupada com as aparências e a moral vigente. E foi nesse embalo que ele conquistou o Brasil e desagradou a Censura.
O ser humano também recebia atenção especial na obra do mestre pernambucano. As personagens apresentavam aspectos bons e maus, hipócritas e repletos de fraquezas. O leitor invade a intimidade da personagem sem pedir licença ao ler uma obra de Nelson Rodrigues.
Na literatura, grandes sucessos como "Engraçadinha", "Meu Destino É Pecar" , "A vida como ela é" (crônicas) e "O Homem Proibido" foram bastante polêmicos e adaptados pela televisão.
No teatro, consagrou-se com o sucesso de crítica e de público "Vestido de Noiva", peça encenada até hoje por todo o Brasil. Outras também merecem destaque como "Os Sete Gatinhos", "A Falecida", "Bonitinha Mas Ordinária", "Dorotéia" e "Toda Nudez Será Castigada".
E lá se foram também participações em programas de TV e rádio, roteiros para a televisão e publicações de crônicas nos mais variados jornais e periódicos do país.
Muitos dizem que Nelson é o "Eça [de Queirós] brasileiro", já outros afirmam que ele era contraditório por ser extremamente conservador e retraído na vida pessoal. Porém, o que nos interessa é que Nelson Rodrigues nos embriagou com sua genialidade, audácia e percepção sobre a sociedade brasileira do século XX.
Assim eu faço a minha estreia como colaborador do blog. Me chamo Igor Reis, tenho 15 anos e gosto muito de discutir sobre as mais variadas formas artísticas, principalmente teatro, literatura e televisão.
Ótimo texto.
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