segunda-feira, 10 de maio de 2021

7 livros para saber tudo sobre a escravidão no Brasil

 REBELIÃO ESCRAVA NO BRASIL

Autor: João José Reis
Para adquirir: https://amzn.to/3ezzLhq
Sinopse da editora:

Na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, em Salvador, enquanto os católicos comemoravam, na igreja do Bonfim, a festa de Nossa Senhora da Guia, negros africanos celebravam o Ramadã em suas senzalas. A celebração evoluiu para uma revolta, da qual não participaram exclusivamente muçulmanos, mas que foi por eles concebida e liderada. O levante envolveu cerca de seiscentas pessoas, o equivalente a 20 mil pessoas na Salvador de hoje. A revolta terminou com muitos feridos, centenas de presos, além de mais de setenta rebeldes e dez de seus adversários mortos. A maioria dos rebelados era de membros da nação nagô, em cuja língua, o iorubá, muçulmano é imale. Daí malês, o vocábulo iorubá aportuguesado. Os objetivos dos rebelados não foram totalmente esclarecidos: queriam o fim da escravidão dos africanos, mas não é certo que almejassem extinguir a escravidão como sistema de trabalho na sociedade brasileira. Há depoimentos que os acusam de terem planejado a escravização de mulatos e o massacre de brancos e negros nascidos na Europa e no Brasil. O autor discute a religião, os escritos, a dieta, o vestuário e as formas de organização dos malês. O livro analisa ainda o contexto histórico da rebelião: expõe as estruturas sociais e econômicas da época, a rebeldia dos homens livres, a série de revoltas escravas acontecidas na Bahia desde o início do século XIX e a natureza específica da escravidão urbana. Rebelião escrava no Brasil foi publicado originalmente em 1986 pela editora Brasiliense. 


ESCRAVIDÃO NO BRASIL
Autor: Jaime Pinsky
Para adquirir: https://amzn.to/2RcFrF4
Sinopse da editora:

Texto objetivo e ágil, engajado e muito bem documentado, trata das questões centrais da História da escravidão no Brasil. Com mais de 80 mil exemplares vendidos, o livro de Jaime Pinsky aborda temas como o tráfico, a vida cotidiana dos escravos no trabalho e na senzala, a vida sexual e a resistência oferecida pelos negros contra a opressão. O autor, não aceita, contudo, a ideia, defendida por certos historiadores, de que a escravidão permitia relações harmoniosas entre senhores e escravos: no livro, ele revela o caráter cruel da escravidão e sua influência perversa na formação de nossa sociedade.



ESCRAVIDÃO - VOL 1 DO PRIMEIRO LEILÃO DE CATIVOS EM PORTUGAL ATÉ A MORTE DE ZUMBI DOS PALMARES
Autor: Laurentino Gomes
Sinopse da editora:

Do autor dos best-sellers 18081822 e 1889

As raízes do Brasil com o corpo na América e a alma na África


Maior território escravista do hemisfério ocidental, o Brasil recebeu cerca de 5 milhões de cativos africanos, 40% do total de 12,5 milhões embarcados para a América ao longo de três séculos e meio. Como resultado, o país tem hoje a maior população negra do planeta, com exceção apenas da Nigéria. Foi também, entre os países do Novo Mundo, o que mais tempo resistiu a acabar com o tráfico de pessoas e o último a abolir o cativeiro, por meio da Lei Áurea de 1888 — quatro anos depois de Porto Rico e dois depois de Cuba.

Nenhum outro assunto é tão importante e tão definidor da nossa identidade nacional quanto a escravidão. Conhecê-lo ajuda a explicar o que fomos no passado, o que somos hoje e também o que seremos daqui para a frente. Em um texto impactante e rigorosamente documentado, Laurentino Gomes lança o primeiro volume de sua nova trilogia, resultado de 6 anos de pesquisas, que incluíram viagens por 12 países e 3 continentes.


GANHADORES: A GREVE NEGRA DE 1857 NA BAHIA
Autor: João José Reis
Sinopse da editora:

Um retrato original da Bahia no século XIX, num livro cheio de movimento e vozes, sobretudo da gente negra.

Em Ganhadores, o historiador João José Reis reconstitui a história dos negros de ganho, ou ganhadores, protagonistas de uma insólita greve que paralisou o transporte na capital baiana durante vários dias em 1857.
Esses trabalhadores escravizados, libertos ou livres, todos africanos ou seus descendentes, se organizavam em grupos de trabalho e percorriam a cidade de cima a baixo fazendo todo tipo de serviço, sobretudo o carrego de pessoas e objetos ou a venda de alimentos e outras mercadorias. Em 1857, porém, a Câmara Municipal baixou uma postura impondo-lhes medidas que combinavam arrocho fiscal e controle policial. Mas os ganhadores, que já viviam dia e noite sob a vigilância e a violência de autoridades, senhores e "cidadãos de bem", não se deixariam abater. O resultado foi a primeira mobilização grevista no Brasil a paralisar todo um setor vital da economia urbana.
Baseado em ampla investigação em documentos escritos, impressos e iconográficos, Ganhadores é um livro revelador e essencial para se compreender a intrincada rede de relações sociais, econômicas e culturais que estruturava a sociedade baiana do século XIX, ancorada na instituição da escravidão e caracterizada por um sistema de controle baseado numa economia de favores e domínio paternalista.
Se o episódio de resistência aqui narrado trata mais especificamente da Bahia do século XIX, ele tem muito a dizer sobre as relações e opressões sociais e raciais no Brasil de hoje.


O NEGRO NO BRASIL - UM HISTÓRICO DE DESVANTAGENS E A LUTA POR REPARAÇÃO
Autor: Leandro de Assis
Para adquirir: https://clubedeautores.com.br/livro/o-negro-no-brasil
Sinopse do autor:

Este livro traz à tona a recente discussão sobre quem tem direito as cotas nas universidades públicas e outros concursos públicos no Brasil, se apenas negros que apresentam o fenótipo ou se também autodeclarados. Para responder a tal questão foi necessário um passeio pela história da população negra do país elencando o tratamento desigual por parte do Estado e também da sociedade, começando pelo Brasil Colônia abordando as concessões de terras feitas pela Coroa Portuguesa aos primeiros colonizadores também conhecidos como Capitães Donatários e posteriormente o tratamento vantajoso da República com os imigrantes europeus em comparação ao tratamento dispensado à população afrodescendente recém-saída, pelo menos de forma oficial (Lei Aurea), da escravidão. Além do tratamento desigual no que tange a liberdade, ao trabalho e às concessões que foram feitas a população branca deste país, não poderia ficar de fora o sistema educacional brasileiro e a ausência de negros nas escolas oficiais que eram proibidas para os escravos, já que estes não eram considerados cidadãos brasileiros, portanto não tinha direito a educação.


SER ESCRAVO NO BRASIL: SÉCULOS XVI-XIX
Autora: Kátia M. de Queirós Mattoso
Para adquirir: https://amzn.to/3eABYcl
Sinopse da editora:


Publicada inicialmente na França em 1979, Ser escravo no Brasil teve quatro edições em português e uma em inglês antes de ter sua segunda edição em francês. Tornou-se, de fato, uma obra de referência indispensável para quem deseja compreender o Brasil e a escravidão na América. Colocando-se no ponto de vista do próprio africano, mostrando a evolução de suas adaptações no tempo e no espaço, a autora retira do anonimato cativos, escravos e libertados, apresenta todo um povo hábil e trabalhador que soube fazer do Brasil sua nova pátria, sem nunca esquecer-se de sua África sonhada e recriada.



A POLÍTICA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL IMPÉRIO
Sinopse da editora:

A política da escravidão no Império do Brasil apresenta uma detalhada investigação sobre as contradições da escravidão no Brasil do século XIX. O pesquisador Tâmis Parron estabeleceu como recorte o período de 1826-1865 para analisar contrassensos como a defesa da liberdade e o incremento da escravidão ou população livre com várias garantias constitucionais, que dependia dos cativos para exercê-las.“Durante o século XIX, toda defesa da escravidão e do tráfico negreiro se escorou no liberalismo, e essa triste, embora eficaz, fusão ajuda a esclarecer o fenômeno da dupla expansão da liberdade e do cativeiro, da riqueza e da miséria, num país que ansiava (e ainda anseia) por pertencer ao futuro da civilização e do progresso humano”, destaca o autor.As ações e os discursos que proprietários, negociantes e parlamentares sustentavam ganham um novo olhar. Através desta análise, o autor procura explicar a expansão da escravidão em meio a revoltas de cativos, disputas partidárias e a própria construção do Estado Nacional brasileiro.O antiescravismo internacional e a formação mundial da economia de mercado também são destacados neste estudo pioneiro de Parron. Enquanto, a partir de 1770, o sistema colonial dava lugar à economia mundial de livre mercado em toda a América fez com que a escravidão desaparecesse em diversos países, três regiões não experimentaram esta mudança: o sul dos Estados Unidos, Cuba e o Império do Brasil. O autor explora mais este paradoxo e explica como foi possível que a escravidão ganhasse força nestas três sociedades.

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